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Tratamento gratuito, mas pouco procurado

Por milênios os casos de hanseníase se multiplicaram sem que se fosse conhecida a sua causa ou cura. A bactéria causadora da enfermidade foi identificada somente em 1873, pelo médico norueguês Gerhard Hansen.


Até os anos 1940, as principais pesquisas sobre hanseníase estavam voltadas ao estudo da Chaulmoogra. Com variações originárias de diferentes regiões do planeta (Amazônia, Índia), a planta foi analisada por mais de um século, em diversos países, por possuir propriedades que poderiam levar à cura da lepra - o que nunca foi comprovado. Com os avanços dos antibióticos e dos medicamentos químicos, durante a Segunda Guerra Mundial, veio a descoberta da sulfona - que não era eficiente para todos os casos, mas poderia significar a cura para muitos enfermos de hanseníase.


Nos anos 1980 a Organização Mundial da Saúde reconheceu um coquetel poli quimioterápico, feito a partir da sulfona, como cem por cento eficaz contra a Mycobacterium leprae. O PQT, como é chamado pelos agentes de saúde, é hoje distribuído gratuitamente em todo o Sistema Único de Saúde. O tratamento dura de seis meses a um ano, e após a primeira dose do medicamento o paciente perde a capacidade de transmitir a doença.


A hanseníase não deixa sequelas quando devidamente diagnosticada e tratada, mas a ignorância, o preconceito e o medo de estigmatização afastam os pacientes dos postos de saúde.

A Cura

Carpotroche brasiliensis

© 2012 por Étore Medeiros.

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